Quem nunca foi traído nos dias atuais? Pode ter sido pelo parceiro, pela família, amigo, colega de trabalho, chefe, vizinho... O fato é que qualquer um está suscetível a sentir essa sensação de angústia, aflição, raiva e ansiedade.
 
E pra piorar, esses sentimentos ainda podem evoluir pra uma depressão, crises de ansiedade e até estresse pós-traumático. Aí, quando chega-se nesses níveis de transtorno, a pessoa já não consegue mais se cuidar sozinha e precisa procurar ajuda até para não descontar o que passou em outras pessoas que realmente não têm a intenção de machucá-la.
 
Mas por que traímos? Por que somos traídos? Será que a psicologia pode explicar acontecimentos assim?
 
Bom, primeiro precisamos entender que nesse mundo, existem países que aceitam relações poligâmicas e também monogâmicas. Quando se decide pela monogâmica, traições extraconjugais podem acontecer por diversos motivos:

Falta de conhecimento sobre si mesmo: aqui podemos incluir situações em que a pessoa não está conseguindo lidar e, para se sentir mais aliviada, procura situações fora do tédio, momentos prazerosos para se sentir mais "acolhida",
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Carência da pessoa que trai: tudo pela falta de autoconhecimento e recompensas imediatas em que ela pensa que trarão conforto e resolverão as questões internas,

Ambiente de infância em que presenciou e acabou normalizando traições: via-se a mãe sendo traída e lidando normalmente com aquilo ou pai muito machista que fazia comentários desvalorizando as mulheres,

Vingança: a pessoa foi traída e acha que sempre será, então passa a não confiar mais em ninguém e trai para se sentir "por cima" e vingada,

Transtornos sexuais: existem diversas parafilias que fazem com que o impulso e desejo sexual sejam difíceis de serem controlados,

Transtornos de personalidade: narcisistas, antissociais e psicopatas, por exemplo, não conseguem ter empatia pelo próximo e sempre priorizarão os próprios desejos, doa a quem doer.
 
E quem não é traído pelo parceiro, mas por um amigo, colega, vizinho? A dor é praticamente igual. Quando confiamos, depositamos expectativas naquela pessoa que pode ou não correspondê-las. Além de alguns fatores já mencionados, algumas pessoas traem porque:

Precisam de aprovação e aceitação: muitas pessoas têm dificuldade em dizer "não" e negar situações e se qualquer outra pessoa tiver mais vantagens a oferecer do que você, ela não pensará muito em sua amizade,

Dinheiro: único meio de troca por desejos materiais e sexuais também. Traições ocorrem pela necessidade e falta de dinheiro para que a pessoa consiga ter o que deseja,

Promoção: geralmente no ambiente de trabalho, alguns acabam priorizando seus desejos à lealdade de algum amigo ou colega para conseguir subir de cargo. 

Tá, mas também temos o outro lado: o traído. Será que ele tem alguma responsabilidade também?
 
Quando confiamos muito em alguém e tornamos aquela pessoa o centro da nossa vida, fica muito mais difícil de andar sozinho se for necessário. É claro que não podemos passar a vida do lado de alguém desconfiando de tudo que faz, mas também não dá pra nos cegarmos e fingir que tá tudo bem se alguns alertas já foram levantados. E sempre foram. Você só não quis enxergar, preferiu relevar.
 
Revelamos por falta de autoconhecimento, por carência afetiva, dependência emocional, necessidade de aceitação, medo de ficar sozinho, por achar que não dá conta de fazer algo, por orgulho... A culpa nunca é da vítima, mas quanto menos você se conhece, mais vulnerável fica e acaba permitindo pessoas com padrões de comportamento parecidos e tóxicos.
 
Ao primeiro sinal de alerta, escute-se. Conheça-se. Leia, estude-se. Perceba seus pontos vulneráveis e mude de pessoas para ter seu bem-estar de volta quando necessário. É você quem tem que estar no comando de sua vida, não o outro.